29 de setembro de 2009

Nós te fortalece!

Estava eu no busão, depois de um dia que não foi nada fácil e uma espera de mais de 40 minutos por um transporte que me tirasse do Centro da Cidade, quando passamos pela Rodoviária Novo Rio, e entra um sujeito daqueles que faria qualquer cidadão morrer de medo ou sair correndo pela porta de trás.

Não se trata de preconceito, não. Trata-se de conceito mesmo. O legítimo conceito do medo.


Olhei a cena e já estava esperando o anúncio de assalto. Ainda mais que ele foi entrando, sem nem dar satisfação ao motorista, pedir caroninha... Nada! Mas o sujeito entrou, sentou lá na dele e seguiu viagem, até chegar na Leopoldo Bulhões, em Manguinhos, área mal iluminada e bem carente:

- Dá uma parada, ae motô. Valeu, meRmo, hein. Precisando qualquer coisa, nós te fortalece.

Olhei lá pro fundão do ônibus pra ver se tinha mais alguém com ele. Olhei pra frente. Havia essa esperança, né?! Nada.

Nós quem, então?!

Nós, seria ele e o ego? Ele e a sombra? Ele e seu lado fêmea?!

Claro que é “nós”, ele e a facção dele. Dããã. Sou loira, mas não sou burra.


Pára tudo!!! Crise de riso.

Se ele pode falar por “nós”... Está melhor que eu, que depois de 5 anos de universidade e mais inúmeros cursos, não falo por ninguém. O cara é assessor da boca, minha gente!

O motorista, que nem questionou já o liberou da passagem, ou seja, o cara tem entrada em veículos. E precisando de qualquer coisa... Ele fornece, ou seja, vasto material para contornar crises. É ou não é?!


Triste fui eu, esperando eternamente o 350 (Irajá - Passeio), que nem era um ônibus direto, ainda teria que ficar mais 20 minutos, no escuro, esperando outra condução que me levasse pra casa, paguei uma passagem de R$2.20 e ainda sou submetida a esse tipo de coisa: não responder nem pela minha segurança, que dirá por alguma organização contratante.


Quanta humilhação!

25 de setembro de 2009

Chove lá fora e aqui...





Estão vendo a serenidade da motorista , que conduziu-me de lá de onde Judas perdeu as botas até a Barra ( tão longe era que eu achei as botas no caminho) ?
Toda elegante , pena que a fotografa em questão estivesse capturando o momento com uma câmera de celular e com o busão em movimento.
Aliás, um busão mega confortável, com ar refrigerado e musica a bordo!
Ah, parecia primeiro mundo!
Ela personificava o glamour que me é característico, com as unhas perfeitamente feitas em vermelho, toda de rabo de cavalo, elegantérrima em seu uniforme e pasmem: sabia dirigir!!!
Nada destas freadas a que somos submetidos atodo momento. Foram paradas perfeitas, dignas de minha pessoa!!!!

Mas...





Nem tudo são flores na cidade maravilhosa e para variar desabou um temporal no momento em que coloquei o pé no ponto de ônibus.
A partir daí , o caos a que sou submetida DIARIAMENTE:

> A MERDA DO ÔNIBUS PAROU Á LÉGUAS DE MIM!!!

Lá vai Tia Ma, correndo com suas botas maravilhosas. Parece legenda de filme.
E o degrau , people???
Acho que tinha uns dois metros de altura - foi flórida pra subir, dado o tamanho de minhas pernicas!
Pensando bem vou roteirizar e oferecer. Quem sabe né???

> O ÔNIBUS ESTAVA LOTADO!

Ah mas que novidade, por que estaria vazio se tia Ma estava embarcando irremediávelmente, já que pra variar também, tinha um bandigente colada no meu couro???!!

> SEGUUUUUUUUUUUUUUUUUUURA PEÃO!!!

SÓ NÃO TASQUEI UM BAITA DE UM CHUPÃO NO MOTORISTA PORQUE A ROLETA ME TRAVOU!
Mal passei daquela merda de roleta e o fio d'uma égua freou, mas não uma freadinha chinfrim: uma freada daquelas, que me arrancou literalmente daquele putaquepariu e arremessou minha pessoa na roleta.
Resultado:
Um sonoro FILHO DA PUTA!!
E MINHAS POBRES COSTELINHAS, ARRUINADAS!
Mal posso respirar, hoje.




Eu devo merecer, viu...

21 de setembro de 2009

Normas de Etiqueta para Busão

A gente fica aqui falando da falta de educação dos motoristas de ônibus, mas se a gente olhar pro banco ao lado, é uma aberração atrás da outra. Há alguns posts atrás a Dani extravasou sua raiva com a maldita mochila que o pessoal não se manca em tirar das costas, mesmo o ônibus estando cheio.

Não. Não precisa ser físico para perceber que aqueles mochilões, quase um casco de tartaruga, obstruí a passagem e, praticamente, ocupa o lugar de um passageiro. Falando em mochila, lembrei de escola...

Tem coisa mais irritante que um bandicrianças xingando as pessoas na rua? Claro que tem. Um bandicrianças cantando a plenos pulmões o hino do seu time de coração. Ainda mais se isso for na volta do trabalho, quando já sofremos toda a sorte de desventuras de um dia cheio de aborrecimentos.

É. Ta bom. Coisas de crianças. Quando o papai não está olhando... Metem o zaralho mesmo! Mas e quando é homem velho batucando?! Você é obrigado a cumprir aquele trajeto de intermináveis sinais vermelhos, trânsito caótico e bancos furados ouvindo aquele batuque mal ajambrado. Ah, peraí! Se eu quisesse ouvir pagode, baixava no MP3 o show do Revelação, pelo menos, são mais afinados.

E aí, chegamos ao nosso ponto. Depois de batuques, disputa de lugares com mochilas (muitas vezes elas ocupam o lugar de uma pessoa que pagou passagem e poderia estar sentada) e com crianças (porque tem mãe que senta uma criança que poderia estar muito bem no colo e segue, como se não fosse com ela) chega a hora de descer, e aí, está lá um candango sentado nos degraus da saída...

Não bufa, não! Sei que todo mundo passa um dia pelos treinamentos da Escola Nacional do Circo. É simples, ora, só fazer o ferro de trapézio e se jogar lá fora, dando salto mortal em cima da cabeça do infeliz. Com sorte (nossa) você despenca os quilos a mais na cabeça do sujeito e causa um traumatismo craniano que é pra mandar ele prestar contas da falta de educação, lá com o Senhor!

E pensam que pára por aí?! Nã-não... Já vi gente ALMOÇAR dentro do ônibus.

O sujeito tirou a marmitinha. Empesteou o ambiente com aquele cheirinho de comida guardada, peculiar da marmita. Forrou um pano de prato na perna, apoiou a marmita. Desembrulhou garfo e faca. Seguiu comendo tranquilamente, como se estivesse acomodado em uma mesa de restaurante. A mulher ao lado dele, olhava incrédula. Enfiava a cabeça do lado de fora da janela, provavelmente, para não rir na cara dele ou pra se livrar do cheiro mesmo...

O ônibus foi enchendo. A saída da Ilha do Governador não é nada fácil na hora do Rush, que dirá na véspera de um feriado. Era um monte de cabeça querendo qualquer espaço para voltar pra casa e, a cópia do Mr. Bean lá, nem se incomodando com a suvaqueira em cima da comidinha dele.

Terminou. Puxou uma garrafinha de suco. Da mesma forma bebeu tranquilamente. Eu já estava esperando ele descascar uma laranja de sobremesa, que era para espirrar aquele sumo áspero nos olhos de alguém. Mas não. Depois do suco, ele guardou todos os apetrechos, felizmente era quase o fim da viagem dele.

Haja paciência!!!

18 de setembro de 2009

SORTIDAS

Hoje vou fazer igual aos vendedores ambulantes, que poderiam estar roubando, poderia estar matando, mas estão ali enchendo sua paciência, pois há dias em que você até compra. Mas, experimentem não comprar pra ver, caso eles estejam com a revolta engasgada. Na vareta, balinhas, caramelos, pipocas Frank ( AAAAAAAAAAAffffffffff!!!) e etc.

Vou chamar de roletadas.




JAMAIS SUBSETIME UM OUVIDO DE UM TEEN!

Voltava eu, glamour que toda gente conhece a bordo S 20, meu calvário, mas para torná-lo mais ameno, vinha de papo com Danai Antunes, aboborando todos os assuntos: não abóboras simples, mais morangas que tem muito mais estilo. Papo vai e vem entram vários teens, e um deles parou bem do meu lado, Ipod com fone no ouvido, nem me dei ao trabalho de baixar a voz ou prestar atenção ao que dizia. Dado momento confidencio a Dani:

- Ainda bem que ele ta de fone,senão poderia pensar que eu sou louca!

Passados uns 10 minutos, me apronto pra descer, descubro que ele ouviu todo o papo! Como???

A música tava alta, praça...

Aquele projeto de homem, tava era prestando a atenção no que eu dizia vejam.

Ainda bem que não cometei sobre a bela aparência, daquele anjinho de olhos azuis... affff



DAQUI VOCÊ NÃO PASSA!

Nós, pobres corretores de imóveis nem sempre podemos andar de carro, pra cima e pra baixo. Meu amigo Lucas, um espetáculo, lindo de viver e sempre arrumadão, encara o busão às vezes e lá vem ele de Campo Grande pra cá, todo bonitão de terno em pé!!!

Se ágüem merece tamanho castigo, mas ele coitadinho encara a cruz na boa.

Busão em marcha vem um destes mequetrefes, com o sapato todo sujo de lama pra se postar tal e qual uma coluna do templo, ao lado dele.

Detalhe, para parar ao seu lado o putinho sujou a calça do terno do garoto de lama.

Ao que ele olha com uma cara de poucos amigos, mas não há lugar disponível, tem que aturar. Subindo a Grota Funda, o puto achou que tinha que mudar de lugar e aqueles doces olhos desprenderam sua ira:

Por acaso você vai saltar no meio da serra? Todo mundo que ta aqui vai descer pelo menos no Recreio. Ou na Barra... Portanto você não vai sujar mais o meu terno. Fica na tua!!!

Ui ,que medo!


NÃO ARRUINE MEU GLAMOUR!

Minha secretária, comadre e dublê de governanta governa não só meu coração, mas minha casa. Atende pelo singelo apelido de Juju, o que é uma discrepância, ela e toda grandona, cheirooooooooooooooooosa toda vida, mas mora tão longe que Judas achou as botas a caminho da casa dela. Anda numa estica que só vendo, sempre de linho perfumes do Boticário. Ou Natura.

Quer ofendê-la, dê um perfume barato.

Pois bem outro dia, ela a bordo do 175, a caminho da minha casa, veio em pe. Puta da vida porque da avenida Brasil ao Recreio, meu amigo, é muito chão.

Até que ela postada quietinha me entra um candangão suado e tinha pisado em um cocô e passou a chapinhar pelo corredor do ônibus, e chovia...

Já viu né...

Cocô, suor e chuva.

Combinação bombástica que a fez chegar na minha casa irritadíssima:

“ De que adianta sair toda limpinha, cheirosa de casa e chegar cheirando a merda???!”

Passo viu!




12 de setembro de 2009

Busão Interestadual


Passar aperto daqui pra li é mole. Quero ver encarar 6 horas de chão rodoviário, apertado em um ônibus convencional. Hora é gente gorda de mais que ultrapassa os limites da poltrona, hora é dupla de mulher que matraqueia o tempo inteiro e impede o soninho tão necessário pra encarar a viagem, hora é gente que dorme... E ronca. O que também atrapalha o descanso dos demais...

Mas a viagem no final do feriado de 7 de setembro, ultrapassou todos os limites aceitáveis do caos... O sujeito que veio do meu lado, não bebeu muito, bebeu TUDO!

Estava já acomodado na minha poltroninha de janela, cortininha fechada, os carneirinhos já pulando devidamente o cercado... Quando olho pro corredor, vem um gambá, cambaleando, procurando o número da cadeira, com uma dificuldade senil para quem tinha uma aparência tão jovem.

Nessa hora a gente reza pra tudo que é santo: “Do meu lado, não. Do meu lado, não”.

Mas foi do meu lado que ele se sentou. Dia de sorte! Oba!

Nos primeiros 5 minutos já estava sufocado com o cheiro: era gambá. Aqueles gambazões mesmo que entornam todas no feriado e esquece até de tomar banho, sacou?! O futum era demais.





Procurei a saída do ar condicionado, e sem nem fazer cerimônia, virei tudo pra cima de mim: questão de vida ou morte, minha gente! Quem é que agüenta 6 horas de apnéia?! Só assim pra agüentar aquilo.

E quem dera fosse só o cheiro o problema... Na primeira hora de viagem, o sujeito jogou a mão na minha coxa, deu porrada na minha cabeça, caiu com a cabeça dele no meu colo... Eu estava só esperando o vômito para dar uma surra no cretino. Não veio, graças à Deus! Cada vez que ele vinha se espalhando, dava-lhe um safanão...Mas e daí?! Bêbado fica anestesiado, acho até que ele se sentiu mais confortável, como quem recebe cafuné...

De repente, consegui um cochilo. Nada de inhaca, nada de porrada... Peraí que esmola demais o santo desconfia... Olhei pro corredor, lá estava o sujeito estirado no chão. Dormindo como se estivesse na cama dele.

Eu? Fiz cara de menino feliz, claro.
Acho que ao comprar passagem, a gente tinha que preencher na guia: altura, peso, nível de sangue no álcool, problemas de apnéia do sono, sonambulismo e coisas do gênero e reservar a esse pessoal um lugar longe dos seres mais normaizinhos (como eu que preciso viajar tranquilo pra trabalhar no dia seguinte). Porque pior que o cansaço da viagem é passar de 15 em 15 dias esse problema de incógnita de vizinhança em busão interestadual.
Ah, isso mexe com a saúde de qualquer um!


Com ajudinha de Fê Freitas

5 de setembro de 2009

Enquanto isso...

Em busca do milagre que me dará a alforria dos busões, saí correndo da empresa rumo ao ponto do Downtown, espalhando meu glamour para todos os lados. Para minha felicidade, minha companheira de equipe, deu-me uma providencial carona, para longe daquele ponto fétido...

Não se enganem: ponto de ônibus é tudo igual, apenas uns são mais limpinhos que os outros.
Começa minha desdita:




"OLhaê, balinha,caramelo, amendoim, pipoca Fraaaaaaaaaaaanke - pacote, pacotinho e pacoTÃO ( NA MINHA CARA!!! O puto acertou com a pipoca bem no meu olho, justo na hora que eu estava limpando meus óculos!)

NOSSA, COMO FLUIRAM PALAVRAS DE AMOR DOS MEUS LÁBIOS PARA AQUELE AUTÊNTICO REPRESENTANTE DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS!!!

A felicidade inundou todo meu ser, vocês podem imaginar né?
Lá vem ele: S20 > Recreio /Carioca.
Passaporte para o inferno: se você quiser uma prévia, embarque neste miserável!

Mal subi e o puto arrancou que se eu não sou de circo tinha voado pelo capô - o pior é que eu estava de saltos altissimos e vestido! Tive o bom senso de não levar mala naquele dia, carregava apenas uma bolsona enorme com minha casa lá dentro e uma humilde sacolinha com meus All Star modo fazer minhas aulas de direção( daí a alforria vindoura, já pensaram , Mazinha motorizada??? Deus nos acuda!); foi uma belíssima exibição de pole Dance
porque descrevi quase um 360° no poste ou sei lá, como se chama aquela merda.

Depois disso, sentei-me e sinceramente pessoas, eu não sabia se me segurava, se segurava a bolsa, a mala, ou , se grudava o rabo no assento com Super bonder, pois aquele mautorista dava cada arrancada e umas freadas inacreditáveis: numa delas parou à um pentelhésimo do outro õnibus, pronto pra tentar encostar.
Quase sentíamos a respiração dos passageiros do busão ao lado donde não me contive e gritei:

"- Ô Piloto , eu quero chegar viva na auto escola , porra!
Corri um serio risco , o piloto em questão, um puta negão me olhou com uma cara e sentenciou:
"- Madama, dirijo é isso!!"
Na proxima encarnação, quero vir passarinho como já disse antes!!!

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