29 de outubro de 2009

O ÔNIBUS – uma viagem com emoção!



Recém chegada de Maringá/Paraná onde pela televisão ouvia muito sobre a violência aqui no Rio de Janeiro, inclusive nos ônibus, que foram queimados, seqüestrados, destruídos, atingidos por balas perdidas e por ai vai...

Apesar de ouvir tanta tragédia, nunca tive muito medo em me arriscar andando sozinha pela cidade, mas acho que as mensagens de terrorismo acabam ficando armazenadas na nossa mente sem que percebamos.

Bom, alguns dias aqui e decidi que iria fazer um curso no Jardim Botânico. Como ainda não tinha muita prática em dirigir pela cidade resolvi ir de ... ônibus. Me informei certinho qual ônibus deveria pegar e lá fui eu para o ponto. Quando o ônibus chegou entrei, confirmei a informação com o motorista, tendo certeza assim que chegaria ao meu destino. Paguei minha passagem, passei a roleta e sentei próximo ao cobrador me sentindo assim mais segura (não sei por que).



Da janela fui contemplando o pouco que podia ver da Cidade Maravilhosa, pois o dia já estava acabando. Muitas pessoas entrando e até então eu estava muito tranqüila fazendo minha ´viagem´. Meu celular tocou. Era meu marido perguntando aonde eu estava. Quando respondi que estava dentro de um ônibus indo para o Jardim Botânico sozinha a noite ele enlouqueceu! Me passou um pequeno sermão, mas que me buscaria no final do curso apesar da distancia que teria que dirigir (não tinha outro remédio!).

Conversa terminada voltei a minha janela. O ônibus começou a lotar, pois era justamente horário do rush.


Tudo corria bem, quando sem eu perceber entrou um rapaz pela porta de traz do ônibus e começou a gritar bem alto: ´Bala, chiclete, paçoquinha, amendoim....´ . Neste momento eu grudei minhas mãos no assento, meu coração disparou e gelei pensando: ´Pronto! Agora eu vou morrer!´, quando ouvi BALA então faltei me jogar no chão! Não ousei nem mesmo olhar para traz. Só instantes depois, ouvindo as pessoas pediem: `me dá um chiclete´, ´quando é a paçoquinha?´ e que percebi que se tratava de um rapaz, vendedor de doces, que estava apenas trabalhando.

UFA!!! Esta situação não acontece em minha cidade, por isso não estava acostumada.

Depois disto, nas outras vezes que peguei ônibus já fui preparada psicologicamente para ouvir gritos sem me assustar! Mas outras situações surgiriam...

Daniele Soler

Abraços.


Dominio by www.Nomer.com

Daniele é uma nova amiga , com várias histórias para contar!!!

26 de outubro de 2009

Nem só de Mautoristas , rodam os passageiros!

Em busca do pão de cada dia, a gente tem sempre um busão no caminho tal qual o poema do Drumond...
" No meio do caminho tinha um busão
Tinha um busão no meio do caminho"

E o verbo correto a ser empregado é este. Tinha.
A gente padece mesmo, mas as vezes a vida ensina.
Mesmo.
E nem só de Mautoristas, vive a humanidade.




A Juju, é uma prova disso, inveterada passageira, já fez até amizade com o motorista do 175 assim como os outros passageiros também. A figura em questão é o seu Nélio.
Motorista boa gente, adora o que faz e seus passageiros.
Só que o pobre é gordo. Muito...
E pasmem vocês, numa empresa há apenas um único carro que comporta seu corpanzil.
Dia destes, um fiscal novo no cargo, repassa o UNICO carro , justo o do seu seu Nélio.
E o pobre ficou no ponto, aos prantos, por ele pelos passageiros ...
Ainda há gente boa no mundo e uns raros profissionais.






Moral da história triste:
Seu Nélio sem poder trabalhar e a minha secretária, entalada , espremida e amassada a caminho de lá casa.
Só Deus.
E a volta???
A volta é um tanto pior , já que o Detro trata de reprimir os ônibus piratas, que a levam de volta ao aconchego do seu lar.
Temos inclusive o telefone do motorista modo saber se ele vai circular ou não...
Porque este outro famigerado motorista é amigo do povo todo que mora perto dela, mas às vezes tem que fugir e se esconder!!!
Com direito a pic nic, regado á muitas coca-colas e sanduiches de mortadela, enquanto despistam os fiscais.
Eita!
Ô vida de gado!

14 de outubro de 2009

No fundo do baú também se faz ponto

Por mais que a gente reclame muito dos malditos (e escassos) transportes urbanos, a verdade é que nem sempre é dia de caça. Por vezes, mesmo que raras as vezes, somos também caçadores. E daqueles bem sem noção.

Eu era ainda adolescente - mas uma memória dessas, não se apaga da nossa lembrança, parece mesmo que foi ontem -, morava na Freguesia, em Jacarepaguá. Estava indo para o Centro da Cidade, acompanhada da minha irmã do meio. Até que esse trajeto não era um dos mais difíceis de se fazer, visto que morávamos bem na subida da serra Grajaú/Jacarepaguá, o que facilitava muito achar transporte. Porém, estávamos atrasadas para o tal compromisso e, nessas horas é sempre Murphy que fala mais alto: nem ônibus, nem táxi, nem Van passavam por ali.

Mais de meia hora em pé esperando... Tic Tac Tic Tac... Nada

Nesse momento, minha irmã com seus olhos de águia, avista uma van, parada em um sinal bem distante. Já se posiciona no meio-fio, mantendo o braço bem esticado, que era para não ter dúvida que ela pre-ci-sa-va embarcar naquele carro. Urgente!

Quando a Van pára e abre a porta... Surpresa! Lá estava Murphy ocupando todos os espaços. Só havia uma vaga. Claro, todo transporte que demora, quando vem, você terá que esperar o próximo.

- Ai, gente! Alguém vai descer agora? Preciso ir com a minha irmãzinha (essa sou eu, a caçula, não me tornei adulta pra ela aos 30, que dirá aos 15).

Claro que ninguém ia descer. Vamos recapitular? Estávamos na subida da serra, ou seja, só vai descer quem chegar lá do outro lado.

Ela olha inconformada. Olha. Olha. Olha. Aponta um senhor perto da porta

- Moço, o senhor está com muuuuita pressa?

Olhar de dúvida.

- Sabe o que é? Estou com hora marcada, meia hora atrasada já, esperei aqui a beça com minha irmãzinha, mas só veio essa Van. Se o senhor puder nos ceder o lugar fico agradecida.

Eu estava esperando ela dizer: “é que o senhor é velho, deve ser aposentado, dá indo pra cidade consultar o geriatra e isso pode esperar”. E, podem apostar que ela é bem cara de pau para isso.

O velhinho ainda não muito convencido, solta um “tudo bem”. E ela na mesma hora:

- Vem, pode vir. Ajudo o senhor a descer. Já pagou a passagem? Olha, ta aqui o dinheirinho, viu?! Deus lhe pague, porque tenho que ir nessa van com a minha irmãzinha.

Eu? Em pé na porta, olhando a cena. Sem saber se queria sumir ou se pedia licença pra rir. Como o resto, não acreditava no que acontecia ali.

Ao que ela vira pra mim, depois de gentilmente embarcar o velhinho e diz

- Ta esperando o que? Sobe, filhinha. Vai que o pessoal tá com pressa também.

Subimos. Som da porta batendo. O motorista arranca. Todo mundo na van vai olhando o senhor desembarcado pela janela... Ele vai sumindo na curva e todo mundo cai na gargalhada. Como quem acabou de ver uma cena de comédia daquelas bem pastelão.

Ela olha pra mim e diz:

- Qual foi a graça? Não entendi. Tô com pressa, pô.

É. Eu ainda tive que explicar a piada.

11 de outubro de 2009

Da série: conta pra mim, que conto pra todo mundo!


Passa da roleta aê...

Todos os dias, sempre igual:
Arruma se veste e sai de busão certo?
ERRADO!

Pelo menos o mínimo que se deseja é chegar ao destino, mas nem sempre isto acontece:

ROLETADA N 1 > Lulu on the Sky, que escreve, não inventa!!!
Entalado na roleta!

Andar de ônibus é uma maravilha. Cada dia uma novidade.
Após 20 minutos depois de esperar o bonito do motorista arrumar o cabelo, ajeitar espelho retrovisor da linha 875-P - Ana Rosa - Barra Funda, ir o tiozinho fiscal contar e liberar para o povo subir para o ônibus.
As pessoas começaram a subir, uma a uma, passam duas pessoas e de repete ploft. A catraca (roleta ai no RJ) ficou travada, nem foi pessoa que entalou, mas foi ao tentar passar o bilhete único, do nada travou. Sentei em um dos bancos antes da catraca até q fosse resolvido o problema.
Foi um corre corre, chama o tiozinho fiscal de volta, ele tenta substituir um tal de fusível que fica dentro do compartimento do ônibus, apos mais uns 10 minutos esperando, a cara das pessoas: você não sabia se ria ou se chorava.
Por milagre, destravou (Aleluia-
Nota da Ma!), só faltou o povo começar a bater palma, porém, isso não aconteceu.
Fiquei aliviada que finalmente consegui passar e sentar de novo(sortuda ela!!!) em um outro banco e prosseguir a viagem até minha casa.

( Texto da nossa querida superstar > Lulu On The Sky!)






ROLETADA N 2 > Tão longe, de mim distante.

Já falei de minha adorável secretária, toda chic aqui, antes.
Ela mora longe!
Aliás, muuuuuuuuuuuuuuuuuito longe, a pobre sai de casa as 4.30 para chegar as sete lá em casa (que também é longe).
Nada de anormal, para todos os sofredores da baixada...
A não ser pelo detalhe sórdido de ela iniciar um pequeno motim. Todo mundo correndo de lado para outro e ela parada no meio linha amarela.
O mundo todo passando e ela parada lá, feito uma estatua ate a cobradora se compadecer da pobre e guindar ela pra dentro...
Pobrezinha chegou lá em casa as 8horas...
Cuspindo marimbondos!!!



Nota Importante: Tem uma historia legal pra contar, manda pra gente!!!

8 de outubro de 2009

Cotidiano na Capa do Jornal


"Usar transporte público no Rio é uma verdadeira maratona Olímpica", essa é a capa do jornal carioca Extra de hoje.

Qual a novidade? O “transporte de massa” nunca atendeu com qualidade às nossas necessidades, tanto que virou piada aqui no nosso blog.

Tudo bem, que o que aconteceu ontem, foi mais uma manifestação muito inteligente do povo, que protestou com vandalismo o atraso do trem da Central (era mesmo protesto ou arrastão?), mas é inadmissível que uma cidade que se presta a se candidatar (e ganhar) para sediar uma Olimpíada tenha “motivos operacionais comuns” – segundo declaração da SuperVia ao JB - para não atender bem a população.

Por aqui, como sempre, a gente vai rindo pra não chorar.

5 de outubro de 2009

A revolta da "Laranjinha" invocada.



Quando as meninas do Mulheres dizem que eu moro no 'cu do Judas' do Rio de Janeiro, elas não estão de brincadeira. Mas, isso é daqui pro mundo.

Eu rio - e muito - quando elas me zoam; como a Ma, em seu último post.

Mas, como eu já disse, isso é SÓ pro resto do mundo. Aqui dentro é tudo muito perto. Campo Grande é grande MESMO, como o nome. Mas quem mora aqui sabe: Essa merda é um ovo de codorna.

Eu não ando muito mais de ônibus. Desde que eu parei de trabalhar, há dois meses atrás [ñ se desesperem por mim! se Deus quiser, tem noticia boa vindo aí!]. Mas, como todos ou a maioria que frequenta meu blog e/ou me acompanha no Twitter sabe, eu voltei pra auto escola, que eu tive de parar há 2 anos atrás, exatamente por causa de trabalho.

Daí que eu vou sempre de manhã, mas justo hoje, minha instrutora [ou professora, sei lá! rs] faltou a aula na parte da manhã e repôs agora à tarde.

Daí que eu fui, aturei aquela teoria chata pra caralho e voltei pra casa. Do centro de Campo Grande até a minha casa são, no máximo 15 minutos. Menos, até. Isso, nesse ônibus aí:

Photobucket


Quando eu entrei, o ônibus já estava cheio, sem nenhum lugar pra sentar. É o horário que o povo que trabalha e estuda vai pra casa e, consequentemente, lotam os ônibus.

Eu, como sempre, com meu celular nas alturas. Black Eyed Peas no máximo de volume possível... Evito ouvir conversas alheias no ônibus, mesmo sabendo que teria três amigas que adorariam que eu as contasse aqui.

Tô eu amarradona escutando "Rock that body" que, por coincidência, já foi tema de post de Engraçadinha, mas no metrô. E daí que eu vinha cantando exatamente como ela [sempre silenciosamente, claro]... e a cada "I wanna rock riiiiiiiiight nooooooooow" era um gole na coca-cola.

Terminei a coca já na metade do caminho pra casa. Como eu sou uma pessoa educada e não jogo nada que eu bebi ou comi dentro do ônibus pra fora, fiquei com a latinha na minha mão. De repente, eu sinto a latinha sair e a vejo voando janela a fora:

- bla bla bla... whiskas sachê!

"I wanna rock right now". ♪

- bla bla bla... whiskas sachê!

"I wanna... I wanna rock riiiiiiiiiiiight nooooooooooow". ♪

Percebi que era comigo. A criatura; gorda, baixa e de cabelos esquisitos [nada contra... é só pra ilustrar mesmo], com uniforme de escola municipal aqui do Rio,


Photobucket



falava como uma matraca, reclamando de alguma coisa de mim... Ou em mim; mas que eu até agora não sei do que se trata!

Fiz cara de blasé e continuei "I wanna rock right noooooooow" ♪ até descer.

Só que... Aí eu boiei. Primeiro ela pega a minha lata de coca-cola. Entendi ela me perguntar se eu tinha terminado... Mas, poxa! Não esperava mesmo ela sacar da minha mão reclamando.

Será que a lata estava soltando algum líquido que respingou nela?

Será que o problema era comigo?

Acho que não era comigo, exatamente... Eu estou limpinha, cheirosinha do banho que tomei há poucas horas atrás e do Egeo que eu uso -- E amo!

Fedorenta eu não estou. Aliás, não sou. rs

Será que ela ficou com raiva porque eu não ofereci a coca-cola a ela enquanto eu bebia?

Ah, cara... Educação tem limite! Não ofereço nada de bebida a ninguém não.

Eu sei é que eu tô na curiosidade até agora. Sei, também, que jamais escutarei essa música sem lembrar dessa história.

Vai entender esse povo!


Por: Dani Antunes
http://dani-antunes.blogspot.com/
http://mulheresalacarte.blogspot.com/

1 de outubro de 2009

No busão dos outros é refresco

Mas um dia de curso no Centro da Cidade que chegava ao fim. Fomos nós para o ponto de ônibus e, outra vez, todas linhas passavam, menos a que levaria meu corpo exausto (e meu virtual saco cheio) para casa.

Como todo bom busão que demora horas para passar, quando ele veio, estava lotado. Já na roleta, avistei uma clareira, no meio da cabeçada.

Sentados, no canto, uma mulher falando destrambelhadamente ao celular. Na ponta, um rapaz, que tentava ler seu livrinho de capa azul. É. Devia estar rolando alguma interferência, mas ainda estava suportável, visto que ele fazia cara de compenetrado. Claro que era só segurando no ferro do banco onde o sujeito estava tentando ler que havia espaço.

O sujeito ficou ilhado! Era mulher faladeira (e alguma não é?) pra todo lado. Imaginem a cena: uma no canto, que mais parecia uma máquina de escrever daquelas bem antigas, mas sem dar nem o descanso do “plim” na mudança de linha e a outra (minha amiga), contando o causo de um sujeito que atendia por uma alcunha estranhíssima, que nem lembro pra dizer a vocês, nossos 3 leitores (aprendi essa com a Engraçadinha).

E, no meio daquele tagarela de cá, tagarela de lá, não demorou muito, o coitado olhou pra um lado, olhou pra outro, fechou o livro, trocou um olhar comigo (que estava até então só ouvindo minha amiga falando sem parar), fez cara de terror, como quem pensa “que merda”, abriu a mochila e guardou o livro.

Nem sei mais o que dizia minha amiga, porque mal ele fechou o zíper eu tive uma crise de riso daquelas...

Tem horas que eu sinto pena do sexo oposto. Tudo bem, que ônibus não é biblioteca, mas precisava ter tanto azar, coitado?!

Custei a conseguir explicar o motivo do meu riso, mas quando consegui, antes de qualquer coisa, virei pro camarada e disse:

“Sinto muito, você vai ser tema de um post na internet. Isso vai pro meu blog”.
Agora me perguntem da mulher que falava ao celular?

Continuou lá. Alheia a tudo o que estava acontecendo. Falando, falando, falando na mesma ligação. Acredite quem quiser!!!!

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